Indice-Palmito Projeto-2013
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Licença-7-10-2014

Manejo sustentável praticável no Município de São Paulo

Cultura do Palmito Juçara (Euterpe edulis)


      Agro Castanheiras Ltda., constituída em 1962, ora        comemora o cinqüentenário da sua fundação.

  É proprietária da Fazenda Castanheiras - sua filial.
  Ocupa mais de 20 funcionários com as atividades
  relacionadas  à Reserva Florestal.

O reflorestamento da totalidade da área de 138 hectares (60 alqueires), na zona rural do Município (Distrito de Parelheiros), foi iniciado em 1942 pelos sócios fundadores da empresa, através do plantio de Eucalipto e Cunninghamia simensis, além de outras espécies no intuito de reflorestar a área, como também para a produção de Árvores de Natal “exclusivas” selecionadas. Preservaram-se ali três remanescentes de Mata Atlântica preexistente.
    Em 1960 foi requerida, junto ao Governo do Estado, a interdição da caça na área (Portaria 62 publicada no D.Oficial em 5/10/1960).
     Em 1962 constituiu-se a Agro Castanheiras Ltda. atual proprietaria da fazenda;
   Em 2002 requereu-se junto ao IBAMA a possivel instituição de uma RPPN no local(Reserva Particular de Patrimônio Natural).    Em 2004 apresentou-se o Projeto de Reversão Florestal exigido para tal.     Entretanto, quando da assinatura do contrato, constatou-se que o mesmo exigia a extração das espécies exóticas dentro de um prazo de 5 (cinco) anos, com subsequente replantio de espécies nativas. Tal procedimento traria conseqüências irreparáveis para o meio ambiente tanto dentro da área como também no seu entornoseria algo devastador para a fauna local.     Mantém-se ali registro diário de animais vistos pelos funcionários.                                       http://agroreserve.com/Animals-Index.html

    Em 2/3/2005 oficiou-se formalmente o IBAMA da desistência definitiva por parte da empresa quanto à criação da RPPN.
    No mesmo ano, requereu-se junto ao DPRN a instituição da Reserva Legal, segundo a legislação vigente, em seguida averbada junto ao Registro de Imóveis.
    Os sócios deliberaram executar voluntariamente o plano de Reversão Florestal, de forma gradativa, segundo o bom senso, minimizando o impacto à fauna silvestre. Anualmente executa-se,
em pequenas áreas demarcadas, um planejado desbastes dos eucaliptos, e subseqüente plantio de espécies nativas, de produção própria, na Estufa Vegetal (sementes colhidas nos fragmentos da Mata Atlântica local), como também mudas adquiridas de produtores idôneos.
    Em 2006 homologado pelo IBAMA, a fazenda foi declarada Área de soltura de animais silvestres.
      Em 2007 a empresa deliberou adquirir 10 hectares
 (4 Alqueires) de Mata Atlântica confinante, no intento de salva-la da iminente invasão por parte de posseiros, onde “palmiteiros” já haviam subtraído a totalidade de palmitos. Em seguida, instituiu Reserva Legal na totalidade da nova área (nas quatro Matrículas independentes). A gerência do DEPRN estranhou tal procedimento, entretanto, após apresentada a planta da Fazenda à qual as novas glebas  se incorporaram, aprovou tais Reservas Legais sem hesitar.

Em seguida edificou-se sólido muro ao longo da nova divisa, a fim de impedir acesso a: “palmiteiros”, caçadores, lenhadores, posseiros etc.

Da cultura de mudas do Palmito JuçaraEuterpe edulis

    Em 1985 realizou-se o primeiro experimento do cultivo do palmito Juçara dentro de um dos remanescentes de Mata Atlântica. Estando localizada no centro da fazenda, nenhum “palmiteiro” tivera ali acesso desde 1942.

Tal remanescente de Mata Atlântica é designado “Palmital”, devido à predominância do palmito, que se destaca pela alta densidade de individuos dominando o sub-bosque da floresta.  A Trilha do Palmital é como denomina-se o acesso à área. Começa no divisor de águas (Encruzilhada: 'Ex-Pátula', 'Pátula-1' e 'Pátula –2', designações atribuídas a três bosques de Cunninghamia, separados por ruas internas). Tal experimento na mata nativa foi mal sucedido. Nenhuma muda sobreviveu, devido à sombra excessiva. Jamais se cogitaria na fazenda executar “desbastes” ou “desgalhamentos” na Mata Nativa.
    No ano seguinte (1986), iniciou-se, em pequena escala, a semeadura e subseqüente 'encanteiramento' de mudas do palmito dentro dos bosques de Cunninghamia. Executaram-se previamente 'debastes' e 'desgalhamentos', a fim de gerar o
compatível grau de insolação . Nestas condições seu cultivo foi de excelente resultado!

    Nos períodos de estiagem prolongada, as mudas recém-plantadas são irrigadas, a fim de assegurar-lhes o bom desenvolvimento. É executada tanto por aspersão com tratores, ou manualmente, pelo próprio plantador. O acesso ao trator ocorre através das filas de cunninghamia reservadas para tal finalidade.
Vide:     
http://agroreserve.com/Palmtrees-2011/Palm-3-Irrig.html

Destino das mudas em ponto de plantio

    Após dois anos e meio, contados da semeadura, as mudas encontram-se em condições de serem 'transplantadas' para seu local definitivo.
    Prepara-se o terreno dentro dos eucaliptais, executando-se a roçada de uma faixa de 1 metro de largura, entre as filas dos antigos eucaliptos, respeitadas as árvores nativas ali encontradas. Designamos tal espaço preparatório de “leira”. Na época das chuvas, são plantadas ali mudas do palmito com espaçamento de 1,20 metros.

  Desta forma surgiu a cultura sistemática do Palmito Juçara na fazenda Castanheiras. Muitas centenas de milhares de mudas de Palmito foram produzidas durante as 3 (tres) ultimas décadas nos bosques de (Cunninghamia) aproveitando-se o sombreamento adequado para seu cultivo.
Vide: 
   
http://www.agroreserve.com/aPalmito.html    e      
                                                                             
http://www.agroreserve.com/ewhsj/P-PalmSeeds.html

    Tais fatos podem ser observados no local, onde visitantes são bem vindos para conhecerem uma cultura, que se pode chamar inédita.
    Vêm-se ali Palmitos em meio a “pinheirais” (“China Fir” do Inglês). Paralelamente verificou-se também a dispersão natural pela fauna. 

      A empresa despendeu consideráveis recursos, na preservação da área, gerando um autêntico modelo de conservação ambiental no Município.
     
É relevante conhecer os antecedentes desta cultura, para compreender causa e efeito, que resultou naquilo que ora se designa “condições excepcionais”.

Da cultura de Árvores de Natal ao Palmito

Ali as condições são incomuns em decorrência da cultura anterior de árvores de Natal, particularmente da Cunninghamia, ali desenvolvida desde 1942 (71 anos).
    De tempo em tempo escolhia-se determinada gleba de
Eucalipto, onde se executava o corte raso para subseqüente plantio de Cunnighamias.

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Trata-se de cultura trabalhosa. Durante os meses da seca, utilizou-se o sistema de irrigação, para melhorar as condições de crescimento das árvores (Cunnighamias).

A partir da década de 1970, para melhorar a qualidade das mesmas, passou-se a submetê-las à poda anual, com a finalidade de, aumentar-lhes a densidade das folhagens, produzindo-se árvores de Natal "exclusivas" de incomparavel beleza.

Após rigorosa seleção anual, apenas 10% dentre árvores plantadas, eram extraidas para o Natal. As remanescentes destinaram-se a formar os bosques hoje ali encontrados, que servem de 'habitats' para a fauna.
 
Cumpre ressaltar, que os tocos das árvores cortadas brotam (característica da Cunninghamia). Decorridos alguns meses, crescem em média cinco brotos. Posteriormente executa-se a "operação desbrota”, deixando-se um único broto, para formar uma nova árvore.

Ao observador atento, torna-se compreensível que isto envolveu muito trabalho sério, consciente e responsável em benefício do meio ambiente. Daí a situação incomum constatada na área, donde sobrevieram as atuais condições extremamente favoráveis para a cultura do Palmito.     

As florestas de Cunninghamia (exótica) ali criadas constituem, valioso instrumento, para a cultura do palmito. A empresa produz também mudas de Cunninghamia para interessados em formar bosques da espécie.

Em 2008 constatou-se, que do esforço inicial despendido, resultara um excesso de Palmitos na área. Sua sombra excessiva fatalmente inibirá o desenvolvimento de matrizes da espécie como também das demais mudas nativas, em prejuizo do meio ambiente. Considera-se, pois aconselhável a execução ali de um desbaste controlado do palmito.

    Considera-se compreensível a circunstância, de o poder público hesitar em conceder no Município uma licença desta natureza - Manejo sustentável da cultura do Palmito Juçara, espécie considerada em risco de extinção. Entretanto, tal cultura sistemática, neste caso especifico, sendo praticada com seriedade, gerará um novo tipo de manejo sustentável – constituirá um modelo de cultura, de interesse do poder publico como também da iniciativa privada. Constituirá algo novo para técnicos e estudiosos na área florestal - especialmente do Meio Ambiente.

Não se antevê perspectiva de lucro no caso especifico. Tem–se em vista a extraçao mensal limitada a apenas 100 palmitos.
       As abundantes folhagens dos palmitos em crescimento às beiras das ruas internas e carreadores são periodicamente depositadas na composteira, para produção de matéria orgânica.
     Tal licenciamento assegurará a continuidade de uma cultura existente, em beneficio das especies nativas ali preservadas e
anualmente plantadas, utilizando-se toda uma estrutura criada durante sete décadas, prosseguindo-se no plano do plantio do palmito em toda a superficie da fazenda, especialmente em meio aos antigos eucaliptais, que grandemente beneficiará o entorno na APA-Bororé-Colonia.
     Isto, ao invés de sua suspensão, o que lastimavelmente acarretaria o êxodo de trabalhadores sériamente dedicados à atividade rural rara direcionada à preservação do meio ambiente.

P. Agro Castanheiras Ltda.

William Conceição Hering - Manejo-Palmito-14-X-2012   DoProcesso

Tel. (11) 3258-4635 – E-mail: ewhsp@terra.com.br

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Licenciamento-DEPAVE publicado em 7-Outubro-2014

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Palmitos plantados às beiras das trilhas para caminhadas

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