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De        William Conceiçao Hering - Agro Castanheiras Ltda.
aos amigos - DEPAVE  - Atençao: Eng.d.Roseli Allemann e visitantes de 3-Set-2018
em resposta à sua amavel mensagem de agradecimento, D. Roseli Allemann, pertinente à acolhida proporcionada aos 15 Engenheiros e Tecnicos à Fazenda Castanheiras dia 3 de Setembro de 2018, permito-me esclarecer aos interessados neste assunto,  a saber:

     
              A trajetória do Palmito nos bosques de Cunninghamia da Fazenda Castanheiras

 

    O longo aprendizado na Fazenda Castanheiras demandou muita persistência e muito trabalho (deveras oneroso), mais o autentico AMOR ao meio ambiente e “ao proximo”, que resultou na manutenção, por muitas décadas, de um ‘time’ de colaboradores confiaveis. 

A coleta das sementes de Palmito é simples. Basta colocar a escada, e colhe-las... 

vide => http://agroreserve.com/ewhsj/P-PalmSeeds.html

 

http://agroreserve.com/aPalmito.html

      vinte e cinco anos efetuamos experimentos de semeadura do Palmito na  mata nativa.  Constatamos que sua germinação ali foi um autêntico “fiasco”.  Contudo, havendo constatado a proliferacao de Palmitos (Euterpe edulis) decorrente da ‘dispersão natural’ no bosque de Cunninghamias mais antigo (plantado em 1942), onde aves de todas especies (Tucanos, Periquitos entre outras) se refugiavam nas copas dos pinheiros, bem como os Bugios, iniciamos um novo experimento efetuando posteriormente sua semeadura em meio às Cunninghamias crescidas (Areas: Pat-1 e Pat-2).   A germinação ali foi um autêntico sucesso! Isto, decorrente da “meia-sombra” regular ali proporcionada, caracteristica das matas de Cunninghamia apos a operaçao “desgalhamento” efetuada, removendo-se os galhos das arvores até a altura de aproximadamente 15 metros;

 

O cultivo do palmito Jussara na Fazenda foi executado da seguinte forma:


    1- Preparamos o solo com “enxada rotativa em meio às fileiras do bosque de Cunninghamia”
(Ex.: Patula 2)  (vulgarmente designado ‘pinheiro chines’ consideradas “exóticas” ).

Vide => http://agroreserve.com/ewhsj/P-sowSeeds.html


2- Após 1 a 2 anos procedemos o transplante individual das mudinhas, em saquinhos, simultaneamente encanteiradas em outro bosque de Cunninghamias – (Patula-1), permanecendo ali por aproximadamente dois a tres anos;

                                      Vide=>       http://agroreserve.com/Palmtrees-2011/Palm-1.html

 

3- Inicia-se então a fase do efetivo plantio em meio aos sub-bosques de eucalipto:  a) – Abrem-se “leiras” bem roçadas em meio ao eucaliptal;     b) - na epoca das “chuvas” executam-se os plantios num espaçamento adequado e a remoção dos saquinhos.
     
     Hoje em dia, quando encontramos algum espaço aberto na mata nativa, retiramos mudas crescidas de Palmito em areas onde se encontram aglomeradas em excesso, (com tamanho mínimo de 1,5 m). providos de bom “TERRÃO” (raízes intactas) e as transplantamos, nos dias chuvosos para os locais pré-determinados
para covas previamente abertas e demarcadas em meio à  mata nativa. 

 

Vide => http://agroreserve.com/ewhsj/p-4.htm


       Note que desde 1942 (76 anos) cultivamos a Cunninghamia para o Natal .  Originariamente a Cunninghamia provem da China. A espécie se adaptou a pleno contento ao nosso clima no Planalto Paulistano. Para o Natal, estas arvores são objeto de poda regular anual e cortadas para serem vendidas em Dezembro (com 1.5m , 2, 3 4,  5 metros de altura) – Note que já fornecemos uma arvore de 16 metros na “Feira da Bondade” no Anhembi).

 

Vide => http://www.agroreserve.com/agro/CHINAFIR-TO-SITE.html

 

      Estas arvores possuem uma caracteristica culturalmente relevante: O toco remanescente, após a arvore cortada, produz normalmente   5 brotos.  Aproximadamente sete meses apos o Natal iniciamos a operação “desbrota” que consiste na remoção de 4 brotos, deixando apenas o mais vigoroso. Tal operação se repete  durante os anos subsequentes. Designo isso como “cultura de um bosque de Cunninghamias”.
     Desta maneira formaram-se sete bosques de Cunninghamia hoje ali encontrados, cujo inicio ocorreu há 76
anos... O plantio da Cunninghamia envolveu sempre muito trabalho no preparo do solo, consistente de:      1-derrubada do eucalipto;        2- coveamento sistemático (covas 30 x 30 cms) em fileiras, com espaçamento de 2 x 2.5m;   3- finalmente durante a época das chuvas procede-se o plantio das mudas;    4- Posteriormente o replantio das falhas verificadas.  5- Poda sistematica a fim de formatar uma árvore de Natal mais densa e de forma cônica;   Em ingles designa-se tal tarefa “shearing”;

     As mudas da primeira área plantada em 1942 – hoje designada “Floresta Negra” foram produto de uma “cortesia” da Cia. Melhoramentos de S.P.” – Caieiras, no intuito de nos incentivar ao reflorestamento
       Posteriormente, as mudas
passaram a ser  adquiridas no Horto Florestal de São Paulo (Bairro do Tremembé). 
            

   Com a expansão dos plantios da Cunninghamia, tendo em vista a quantidade limitada de mudas disponiveis no Horto, contatamos um amigo em Hong Kong, que nos trouxe sementes para a California, guardou-as na geladeira, e dali eu as trouxe para S.Paulo.  A germinação destas  em nossa estufa foi excelente 
    Curiosamente, no mesmo ano da semeadura das sementes de Hong Kong, constatamos a existência de mudinhas  de 3 cms germinando em
considerável quantidade, na mais antiga plantação. Estas continuaram a ser cultivadas em saquinhos na Estufa Vegetal.


    Cumpre ressaltar ainda que nossos colaboradores encontram-se incessantemente empenhados na trabalhosa missão da criação de um “Parque Modêlo”, que possa vir a servir de padrão para o Poder Publico em oferecer à comunidade paulistana interessada na autentica preservação do verde.
      Acrescento ainda: havendo constatando repetidas invasões da área
(na época cercada com 4 fios de arame farpado), por parte de “caçadores”, “Palmiteiros” etc. predominantemente empenhados no roubo do Palmito Jussara, edificamos um sólido Muro de 2,5m altura (mais 3 fios de arame farpado no topo) ao longo de toda extensao (5.5Km) do perimetro da fazenda - edificado exclusivamente para preservação da vegetação.

http://www.agroreserve.com/ewhsj/P-trailBYlake.html

        Outrossim, no intuito de nao desperdiçar mão de obra valiosa no futuro, na manutenção de ruas internas trafegaveis, executamos a pavimentação das ruas internas, providas de grama no centro, numa extensao de 6.5 Kms, chegando até ao extremo Sul da área;

http://agroreserve.com/ewhsj/P-DrivewayPrior.html

 

     Nossos colaboradores ora encontram-se empenhados em abrir um novo carreador paralelo no lado Oeste da área, a fim de permitir a circulação dos seguranças ao longo de todo o perimetro da propriedade, seja de moto, auto ou trator.  Tudo isto, demanda muita dedicação por parte do “time” Castanheiras.
    Diariamente, inclusive quando me encontro no exterior,
recebo os relatorios diarios, em formulario proprio, do que cada colaborador realizou, de manhã e de tarde. Desta forma, consigo acompanhar o progresso das dezenas de obras que deixo semanalmente por escrito em maos dos meus companheiros de trabalho.  Em  11-9-2018 tomei ciencia de que o “carreador”, ao longo do muro,  que interliga o “Portao-3 ao Portão-4”, situados a SUDOESTE da área, se encontra praticamente concluído.

 

                                                Quanto ao plantio de “manaca de Jardim”

http://www.agroreserve.com/ewhsj/P-billings.html

        Há muitos anos, encontramos o Manacá de Jardim nativo em meio aos sub-bosques de eucalipto. Assim transplantamos muitos, para a beira da Alameda Castanheiras. Alguns anos depois, colhemos suas sementes. Efetuamos a semeadura das mesmas na estufa vegetal, em saquinhos individuais. Dai em diante tais mudinhas foram gradativamente plantadas ao longo das demais ruas internas e  são objeto de periodica roçada e poda.    Tudo isso demanda muita mão de obra e orientação.  Portanto nao consiste em apenas PLANTAR, deixar crescer e... "esquecer"...
         

Do GUAPURUVU na Reserva Castanheiras

      Em 1954, no Horto Florestal, ocorreu um fato curioso.  O viveirista encarregado na época, me entregou "EM MAOS" uma muda nativa para fazermos um experimento em meio às Cunninghamias. Esta foi plantada e totalmente “esquecida”. Em 2014 (60 anos depois), pela primeira vez, lançou sementes.  Somente aí constatamos tratar-se de um imenso Guapuruvu, espécie em extinção que eram preponderantemente derrubadas para construcao de canoas. Designada também “FICHEIRA” (no passado utilizavam tais sementes como ‘fichas’ nos jogos de cartas e como adornos.

 

     Todas sementes recolhidas do chão foram cuidadosamente cultivadas em nossa estufa vegetal e posteriormente plantadas em diferentes pontos da Reserva Florestal Castanheiras. E se deram extraordinariamente bem ! Daí em diante integraram a relação das especies nativas plantadas (dois Hectares anuais)  a titulo de RPPN-Voluntaria.

(Entretanto a MATRIZ, desde 2014 nao mais lançou  sementes, até hoje! 2018);

Vide =>  http://www.agroreserve.com/agro/Guapuruvu.html


FICHEIRA” (Regina Casé – Tv-Cultura) :   =>     https://www.youtube.com/watch?v=CfCmZOaTZqA

 

Abaixo - um conjunto completo de fotos contendo uma visao panoramica da areahttp://agroreserve.com/PHOTOS.html                                             
William Conceiçao Hering

p.Agro Castanheiras Ltda.

11-9-2018


Cunninghamia de 16-mts-montada no Anhembi no Natal de 1982


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