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Indice-Animais |
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O "Furao"
vive em liberdade na Reserva Castanheiras
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Frequentemente vem buscar um petisco |
furão (Galictis cuja), é
um dos menores representantes da família Mustelidae no
Brasil. É encontrado em variados habitats em todo o nosso
território e é bastante diferente da espécie Mustela
putorius furo, que é importado dos Estados Unidos (animal
domestico). O gênero Galictis possui três espécies cuja distribuição vai do sul do México até Argentina. No Brasil ocorrem as espécies Galictis cuja e Galictis vittata, sendo que o limite da distribuição das duas não é bem definido. Sabe-se que a espécie que ocorre no Parque Nacional das Emas é Galictis cuja, devido ao porte menor se comparado a Galictis vittata. O furão não vive em grupos sociais, porém há registros de animais em número de dois a quatro constituídos da mãe com seus filhotes. Este animal concentra suas atividades nas primeiras horas do dia e ocasionalmente prolonga para o período matutino e crepuscular. O período de maior atividade é o diurno. A fêmea do furão dá cria a dois filhotes numa gestação que dura por volta de 39 dias. O comprimento total da espécie atinge em média 69,2cm incluindo a cauda que mede 15cm. O peso máximo registrado é de 1,58kg. A alimentação do furão é principalmente carnívora, tendo roedores como as principais presas. É possível que o furão seja predado oportunisticamente por lobos-guará. O furão é estritamente terrestre e com agilidades de movimentos. Predam répteis, pequenas aves e pequenos mamíferos. A população deste animal vem diminuindo bastante com a redução indiscriminada de seu espaço natural (matas e capões próximos a margens de rios e lagos) para a formação de pastagens e lavouras. |
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É o maior lagarto da América do Sul e bastante comum. No Litoral Norte, faz aparições freqüentes em estradas de terra e na Mata Atlântica que circunda as praias longínquas como Puruba e Trindade. No Litoral Sul encontra refúgio na área rural de Itanhaém e em toda a Juréia. É largamente caçado no interior pela fama que tem de roubar ovos de galinheiro. A carne parece com a do frango. Embora tenha um couro de qualidade, nunca foi abatido com fins comerciais. Sua cauda é maior que o corpo e é a defesa do animal que a usa como um chicote. Bom nadador, também é capaz de subir em árvores frondosas. As fêmeas costumam abrir um cupinzeiro para botar os ovos no interior, onde ali incubarão protegidos dos predadores. Jean de Léry descreve o horror que sentiu ao ver um desses lagartos de tamanho enorme, no século 16, na região do Rio, então a França Antártica: "(...) Nossos Americanos também apanham tuús (teiús), lagartos que não são verdes (...) mas cinzentos (...) conservam-se em geral às margens dos rios e nos lugares pantanosos (...) bem cozidos, apresentam uma carne branca, delicada, tenra e saborosa como o peito do capão (...) Certa vez os franceses e eu cometemos o erro de visitar o país sem guias selvagens (...) ouvimos o rumor de um bruto que vinha em nossa direção (...) vimos na encosta da montanha um enorme lagarto maior do que um homem e com um comprimento de seis a sete pés (...) abrindo a boca por causa do grande calor que fazia e soprando tão fortemente que o ouvíamos muito bem (...) voltou-se depois de repente e fugiu morro acima fazendo maior barulho nas folhas e ramos do que um veado correndo na floresta (...)". | ||||
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