Grande oportunista, alimenta-se de filhotes de outras aves que
estejam
no ninho, carniceiro...alimentando-se também de restos de
animais
mortos em rodovias.
Uma das aves mais
generalistas em seus hábitos alimentares, aproveita,
literalmente, todas as fontes disponíveis. Come a polpa externa
do
coco acuri, insetos apanhados no solo, peixes morrendo em poças
secando, lagartos, cobras, minhocas e caranguejos. Saqueia ninhos de
outras aves, mesmo os ninhos de tuiuiú. Fica nas proximidades
dos
ninhais para comer restos de comida caídos no chão, ovos
ou filhotes
deixados sem a presença dos pais. Chega a reunir-se a outros
carcarás
para matar uma presa maior. É também uma ave comedora de
carniça,
chegando logo a uma carcaça. Afasta os urubus e outros
carcarás
agressivamente.
Ocorre em todos os ambientes abertos do Pantanal, sobrevoando as matas
mais densas e pousando em clareiras. Busca seu alimento no solo, seja
no meio da vegetação, seja em praias de rios. Adaptou-se
à presença
humana, comendo restos de comida no lixo das casas ou vísceras
de
peixes nos acampamentos de pescadores. Atrevido, pode roubar comida
exposta dos acampamentos.
É inconfundível. A pele nua em volta da narina é,
geralmente, vermelha
ou carmim. No entanto, a ave pode, em questão de segundos, mudar
para
amarelo. Provavelmente, essa mudança ocorre com aumento ou
redução da
quantidade de sangue circulando na superfície, com essa
variação
atendendo ao estado emocional do momento. Muito agressivo, mesmo assim
concentra-se em grupos para alimentar-se de carniça ou nas
áreas em
volta das casas.
A ave juvenil diferencia-se pelo peito sem o padrão de listras e
o
branco do peito e cabeça. Essas áreas são claras,
com riscas
longitudinais mais escuras, além do corpo ser cinza escuro,
quase
negro. Em qualquer idade, é notável a área clara
na ponta da asa
negra. Esse contraste permite sua identificação, mesmo
voando a grande
altura. Voa com batidas rápidas de asas ou aproveitando as
correntes
de ar ascendente.
Durante a noite ou nas horas mais quentes do dia, costuma ficar
pousado nos galhos mais altos, sob a copa de árvores isoladas ou
nas
matas ribeirinhas.
Para avisar os outros carcarás de seu território ou
comunicação entre
o casal, possui uma chamado que origina o seu nome comum,
caracará no
Pantanal, carcará em outras partes do centro-oeste e nordeste.
Nesse
chamado, dobra o pescoço e mantém a cabeça sobre
as costas, enquanto
emite o som. O nome carancho é usado no sul do país,
também de origem
onomatopéica.
Constrói um ninho com galhos em bainhas de folhas de palmeiras
ou usa
ninhos de outras aves. Os dois ovos são incubados durante 28 a
32
dias, com o filhote voando no terceiro mês de vida.
Mede 56 cm da cabeça a cauda e de envergadura: 123 cm.