O guapuruvu ou
Ficheira é uma árvore
decídua de grande porte,
podendo atingir facilmente 30
metros de altura. Ela ocorre
naturalmente na floresta ombrófila densa e estacional decidual. Seu
tronco é retilíneo, com ramificações apenas no alto. A casca é
cinzenta, com cicatrizes provocadas pela queda das folhas e lenticelas.
Sua copa é alta e aberta, de pouca sombra. As folhas são alternas,
grandes, com cerca de 1 metro de comprimento, e caem com o passar do
tempo. Elas são compostas bipinadas, com folíolos pequenos, elípticos e
opostos. As inflorescências surgem de agosto a novembro, em numerosos
cachos densos, eretos, de flores amarelas e muito vistosas. Os frutos
amadurecem no outono e são vagens bivalvas, de forma obovada e cor
parda. Cada um carrega apenas uma semente grande, lisa, oblonga e
rígida, envolta por uma asa papirácea que se dispersa pelos ventos.
O guapuruvu é uma árvore de
crescimento impressionante. Ela é apropriada para jardins extensos,
assim como parques e praças, modificando em poucos anos a paisagem.
Além do aspecto escultural de seu caule e copa, esta bela árvore ainda
nos presenteia com uma floração espetacular. Sua madeira é clara, leve
e macia, prestando-se para a caixotaria, artesanato, construção civil e
fabricação de canoas. Estuda-se também sua utilização como fonte de
celulose. É uma espécie pioneira, indicada para recuperação inicial de
áreas degradadas. Sua floração é atrativa para as abelhas.
Veja o crescimento espantoso do
Guapuruvu integrando o Plano de Reversão Florestal-Agro Castanheiras em
2014,
após 11 mêses da data do plantio ocorrido
em Março, atingiu a altura de 3,5 m.
Deve ser cultivada sob sol
pleno, em solo fértil, enriquecido com matéria orgânica e irrigado
regularmente no primeiro ano após o plantio. Planta higrófita, prefere
locais úmidos como as margens dos rios e é capaz de tolerar
encharcamento. Multiplica-se por sementes, sendo interessante a quebra
da dormência através da escarificação mecânica (o tegumento da semente
deve ser desgastado no lado oposto ao hilo), escarificação em ácido
sulfúrico ou imersão em água quente. As sementes permanecem viáveis por
muitos anos se armazenadas em local arejado e fresco.
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